Piraputanga
Brycon hilarii
A piraputanga mais parece uma matrinchã, com nadadeiras e cauda avermelhadas, e escamas brancas pelo corpo. É muito ágil ao ser fisgada. Atinge mais de 50 cm de comprimento e seu peso dificilmente alcança um quilo, por maior que seja. Saborosíssima quando assada, é muito disputada pelos pescadores.
Pintado
Pilmelodus clarias
É um peixe considerado nobre no Pantanal, pois sua carne tem poucos espinhos e é muito saborosa. Chega a atingir 1,5 m e a pesar mais de 40 quilos. É um peixe de couro, com listras pretas transversais e pintas pretas por todo o corpo. Engole a isca de uma vez, tornando fácil sua pescaria no anzol.
Pequira
Aphyocharax anisitsi
São de uma subfamília (Cheirodontinae) que compreende peixes de porte diminuto, a maioria não ultrapassa 50 mm de comprimento. Têm uma macha negra na metade distal dos raios anteriores da dorsal; uma mancha escura no pendúnculo caudal, uma listra escura ao longo do flanco. Dentes do pré-maxilar e dentário multicúspides, com a ponta mediana maior. Os machos têm ganchinhos nos raios das nadadeiras ventrais e anal. Comprimento: 56 mm.
Palmito
Ageneiosus brevifilis Valenciennes
São amarelos no flanco, sendo a barriga e as nadadeiras alaranjadas. Têm o corpo alto, cabeça larga e achatada. Barbilhão maxilar com espinhos fortes e curvos, nos machos. O dorso é escuro, duas faixas apagadas no flanco entre a região opercular e a nadadeira ventral, a caudal às vezes com faixa escura na sua margem posterior, às vezes manchada. Comprimento: 50 cm.
Pacú
Milossoma paraguaiensis
Há várias espécies desses peixes no Pantanal. A mais apreciada é a que possui o dorso preto e a barriga amarela. Esta apresenta o formato de um disco ovalado, com aproximadamente 50 cm de comprimento e chega a pesar 8 quilos. O pacu é muito brigador e os pescadores gostam de pegá-lo no anzol. Sua carne é considerada nobre. Essas espécies crescem rapidamente e são muito procuradas para a piscicultura. Em algumas regiões do Brasil recebem o nome de caranha.
Jurupoca
Hemisorubim platyrhynchos
Jurupoca, jeripoca, braço de moça ou liro. Pertencente à família Pimelodidae. Distribuição Geográfica: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantis e do Prata. Ecologia: Espécie carnívora, alimenta-se de peixes e invertebrados. Vive na beira dos rios e na boca das lagoas. É um peixe de couro, semelhante ao bagre, porém um pouco maior, alcançando mais de 50 cm. Chega a pesar até oito quilos. Focinho muito achatado. Dorso castanho-claro, marmoreando de castanho mais escuro; uma ou mais manchas negras ovaladas, mais ou menos alongadas, de tamanho variável, porém bem notáveis, de lado do corpo; frequentemente, uma dessas manchas se situa junto à base do lobo superior da caudal. A coloração pode variar de castanho esverdeado para o amarelado, com pintas pretas alinhadas na extensão do corpo, e o ventre é branco. Não oferece resistência quando fisgado. A carne suave, fina e com pouca gordura, é considerada uma das mais nobres dos rios brasileiros. Apresenta uma característica que o difere dos outros pimelodídeos: a parte inferior da boca é um pouco maior que a superior, fazendo com que sua abertura fique voltada para cima.
Equipamentos: equipamento médio/pesado; linhas 17, 20, 25 lb, anzóis de nºs 2/0 a 6/0; e linha de fundo com chumbo oliva. Iscas: filés ou pedaços de peixes, como sardinha de água doce, lambaris e pequenos curimbatás
Jurupensén
Tachys urus genidens e felichthys
Cabeça longa e achatada. Barbilhão maxilar atingindo a metade posterior da peitoral ou ultrapassando um pouco sua ponta. Anal relativamente longa, sua base aproximadamente o dobro da adiposa. Lobo inferior da caudal muito mais largo que o superior. Dorso castanho-escuro e negro, passando abruptamente a amarelo, abaixo da linha lateral; uma listra clara estendendo-se da altura do olho até o lobo superior da caudal, dividindo a área escura do dorso em duas faixas largas longitudinais, a faixa inferior continuando-se sobre os raios caudais medianos e pela borda posterior do lobo caudal inferior; todas as nadadeiras, hialianas. Comprimento: 500 mm.
Jaú
Paulicea luetkeni
Corpo robusto, curto e grosso. Cabeça larga e achatada, sua largura menor que o seu comprimento. Olho muito pequeno. Atinge até dois metros de comprimento e chega a pesar mais de 160 quilos, sendo um dos maiores peixes de água doce dos rios sul-americanos, perdendo apenas para o pirarucu e o filhote ou piratinga. É um peixe liso e escuro, cinza-claro a castanho, com numerosas pintas indistintas espalhadas pelo corpo, às vezes unidas, formando manchas maiores; margem das nadadeiras, especialmente da caudal, com listras estreitas, transversais, sinuosas. Vive em rios caudalosos e se esconde em pedreiras submersas. O sabor característico de sua carne não é tão agradável com os de outros semelhantes à sua espécie.
Dourado
Salminus maxillosus
É um dos maiores peixes de escama de água-doce. Chega a atingir 1,10 m e pesar 20 quilos. Habita águas correntes e sua pesca é fácil, pois é atraído por tudo o que brilha na superfície da água. A boca grande é provida de dentes afiados. Possui coloração dourada, com uma mancha na cauda e pequenas listras escuras paralelas em todo o corpo. Peixes predadores, vorazes, provido de duas séries de dentes cônicos, tanto no pré-maxilar quanto no dentário, e de uma série ao longo do maxilar. Possuem anal longa e grande número de escamas na linha lateral.
Barbado
Pinirampus pirinampus
Peixe de couro liso, cinza e branco. Quando adulto chega a pesar até 12 quilos, não ultrapassando 1,20 m. Briga muito quando é fisgado no anzol, já que possui mais força que a cachara ou o pintado. Sua carne não é muito apreciada pelo pessoal ribeirinho.
Traíra
Ostariotisi
É um peixe carnívoro de água doce, bastante popular no Brasil. Alguns exemplares chegam a atingir 50 cm de comprimento e a pesar três quilos. É a isca mais indicada para a pesca do pintado. Para fisgar uma traíra, basta uma isca de peixe ou carne. Cuidado com a sua boca, cheia de dentes afiados, que podem arrancar o pedaço mordido. Vive em grupos pequenos, no máximo de quatro a cinco cabeças, e por isso não é tão perigosa quanto a piranha. É indesejável na piscicultura, pois tem um mau hábito de se alimentar de alevinos e peixes pequenos de outras espécies. Apesar de carnívora, não é tão rápida e voraz quanto a piranha, pois, maior e mais lenta, costuma aguardar a passagem da presa para abocanha-la. Não deve ser confundida com o trairão (Hoplias lacerdae), peixe muito maior e que dá preferência às águas correntes.
Corimbatá
Prochilodus lineatus
Muito comum no Brasil, alcança até 60 cm de comprimento. Sua carne é saborosa desde que saibam prepara-la. Pois revela um gostinho de terra bastante característico da espécie. Daí ser conhecida em outras regiões do Brasil como papaterra. Recebe ainda outros nomes como grumatã, ourimatã e ainda corimbatá.
Cachara
Pseudoplatystoma fasciatum
Esse peixe de água doce é muito parecido com o surubim. É de couro e atinge mais de 1,20 m de comprimento, pesando mais de 100 quilos em alguns casos. Sua carne é muito saborosa. Ele difere do pintado e do surubim pelas barbatanas e rabo ligeiramente avermelhados.
Botoado
Oxidoras Kneri Bleeker
Botoado, focinho-de-porco ou armal. Acúleo da dorsal com espinhos pequenos na borda posterior; acúleo peitoral com espinhos em ambas as margens. Linha lateral com três placas sem espinhos à frente. Cinza-escuro uniforme. Cabeça relativamente alta; ossos granulosos; olho relativamente grande, barbilhões ramificados e maxilar curto. Os mentais ligados na base por uma membrana. Nadadeira adiposa de base curta. Comprimento: 70 cm.
Arraia
A Arraia é um peixe cartilaginoso semelhante a um disco achatado nas bordas, com nadadeiras peitorais. Algumas chegam a pesar mais de 150 quilos na idade adulta. Tem o hábito de ficar imóvel no fundo do rio, de preferência em águas lamacentas. Deve-se tomar cuidado para não pisar numa arraia, pois apesar de não ser venenosa possui um ferrão coberto de limbo que dilacera a parte atingida provocando infecção e dores terríveis no homem, que pode ficar imobilizado por vários dias.